Logística
Diretor-presidente destaca consolidação da Empresa Portos do Paraná em hub logístico da América do Sul
A importância dos Portos de Paranaguá e Antonina para o desenvolvimento econômico do Paraná e do Brasil é evidente, servindo como porta de entrada e saída do agronegócio e indústria, onde a eficiência é essencial não somente para a economia, como também para a geração de renda e emprego e qualidade de vida da população, com respeito ao meio ambiente. Para que tudo isso caminhe junto e seja ampliado são necessários investimentos, otimização de gestão, evolução operacional contínua e respeito à sustentabilidade: é este o entendimento do diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva, algo exercido pela atual gestão que, em 2020, movimentou mais de R$ 150 bilhões no terminal, algo que representa um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná. Ele também salienta o compromisso em obras e avanços que já estão em andamento, com o foco em transformar não somente o Porto, mas o Paraná em um hub logístico da América do Sul.
“Os investimentos visam transformar o Paraná em Hub Logístico da América do Sul, ampliar a nossa competitividade e trazer mais investimentos, oportunidades, para a região. A Portos do Paraná se prepara para executar grandes obras de infraestrutura terrestre e marítima, entre elas constam os leilões de novas áreas operacionais – arrendamento previstos para acontecer em dezembro deste ano e em março de 2022. Os investimentos privados, em cinco áreas, devem chegar a R$ 1,4 bilhão”, explica o diretor-presidente, frisando também o estudo para leilão do canal de acesso.
“Quanto mais os portos se desenvolverem, mais a região e a cidade crescem”
Luiz Fernando Garcia,
diretor-presidente da Empresa Portos do Paraná
Outra obra importante é o Novo Corredor de Exportação, que terá capacidade de embarque de 32 mil toneladas, por hora, em oito linhas integradas, em quatro berços de um píer em “T”. “ Faremos também o Moegão Leste, que vai ampliar a capacidade de recepção de granéis de exportação pela ferrovia em uma moega exclusiva para trens, que vai permitir receber 180 vagões simultâneos, em três linhas independentes e 11 terminais interligados”, completa, frisando o programa de dragagem continuada que irá até 2023, com investimentos que somam R$ 103,3 milhões ao longo dos cinco anos.
Derrocagem da Pedra da Palangana
A derrocagem da Pedra da Palangana, que já está em andamento, foi destacada pelo diretor-presidente como essencial para a segurança na navegação, bem como em prol do meio ambiente de Paranaguá e do litoral. “A derrocagem está em desenvolvimento desde o início de setembro. O cronograma está dentro do previsto, inclusive já estamos em fase da remoção das rochas de três, dos pontos mais rasos de seis maciços da Pedra, que serão dragados”, destaca.
“A obra vai dar mais segurança para navegação e ao meio ambiente – já que visa evitar acidentes. Nesta, são R$ 23,2 milhões em recursos próprios da autoridade portuária, que vão possibilitar receber navios maiores, graças à ampliação da profundidade do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá”, completa o gestor.
Novas empresas e emprego
De acordo com o diretor-presidente, com a atual gestão da Portos do Paraná, atuando para contínuo aumento da competitividade e ganhos logísticos, isso também atrai novas empresas a Paranaguá e o Paraná. “Quanto mais os portos se desenvolverem, mais a região e a cidade cresce. Só em 2020, cerca de 31 bilhões de dólares passaram pelos portos de Paranaguá e Antonina, um valor equivalente a R$ 150 bilhões Isso é mais que um terço do Produto Interno Bruto do Paraná (PIB) e corresponde à soma do PIB de 390 dos 399 municípios do estado”, acrescenta.
“Essa movimentação gera empregos e renda, fortalece negócios no campo, nas indústrias, no transporte rodoviário, ferroviário e em toda economia. Em Paranaguá, um em cada cinco trabalhadores atua na atividade portuária, que é responsável – direta ou indiretamente – por 44% dos empregos locais. Somente os serviços ligados ao transporte e armazenagem de cargas representam quase 43% dos postos de trabalho criados durante a pandemia”, afirma Luiz Fernando.
Todos os meses, o setor portuário contribui com R$ 33 milhões em salários na economia local. “Isso representa mais de R$ 403 milhões por ano, movimentando o comércio local, padarias, restaurantes, entre outros. Além disso, as empresas que atuam nos portos são responsáveis por mais da metade dos valores arrecadados pelas prefeituras com o ISS, Imposto Sobre Serviços: quase 66% em Paranaguá e 67% em Antonina. Esse dinheiro é usado pelos municípios em melhorias nas escolas, postos de saúde, pavimentação e outras obras públicas”, complementa.
Prêmios
Nos últimos anos, a Portos do Paraná vem ganhando prêmios em diversas categorias no Prêmio Portos + Brasil e Prêmio ANTAQ 2021, algo que, segundo o diretor-presidente, demonstra o caminho certo adotado pela empresa pública nos últimos anos. “A administração dos Portos do Paraná vem sendo premiada, consecutivamente, por boas práticas de gestão, operação e meio ambiente. Em setembro, foram duas categorias do Prêmio Portos + Brasil, do Ministério da Infraestrutura.
Neste mês, outros dois quesitos destacam a eficiência e a qualidade com as quais a empresa pública é conduzida. Neste mês, o destaque nacional foi no prêmio Antaq 2021. As duas categorias premiadas pela agência reguladora recentemente foram Conformidade Regulatória, entre os portos públicos organizados, (1.º lugar) e 2.º lugar na categoria Desempenho Ambiental, modalidade Maior Índice de Desempenho Ambiental 2020”, explica Garcia da Silva.
“Como agência reguladora, a Antaq define vários itens que temos que atender para garantir a qualidade das operações portuárias e minimizar os riscos da atividade de modo geral. Nem todos conseguem cumprir; nós não somente cumprimos, como fomos premiados por darmos as melhores respostas às regulações do setor”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná.
Segundo Luiz Fernando, o reconhecimento nacional à empresa Portos do Paraná é observado também dentro das fronteiras do Paraná, com bom desempenho em gestão logística e portuária ao setor produtivo, abrangendo o agronegócio e a indústria. “Para o setor produtivo, termos portos eficientes é fundamental. E essa é uma característica da atual gestão.
Outro ponto de destaque da atuação da empresa pública no gerenciamento dos terminais portuários do Estado é a transparência e o diálogo. Com essa eficiência, conseguimos reduzir os custos logísticos; aumentar nossa competitividade; e atender nossos clientes de uma forma mais eficiente. Uma gestão eficiente, com dinamismo, tomada de decisões em prol dos setores produtivos e qualidade nos serviços prestados”, finaliza.
Logística
PASA – Paraná Operações Portuárias SA
Terminal especializado na movimentação e embarque de graneis sólidos, executamos nossas atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária.
Logística
Portos do Paraná apontam aumento na participação ferroviária
Das 34,89 milhões de toneladas de cargas que chegaram ou saíram do Porto de Paranaguá, entre janeiro e julho de 2021, 6,72 milhões foram transportadas em vagões. O volume corresponde a 19,3% do total.
A participação do modal ferroviário no transporte dos produtos, nos sete meses deste ano, foi 29,5% maior do que o mesmo período de 2020. No ano passado, das 33,3 milhões de toneladas importadas e exportadas, 14,9% (4,97 milhões de toneladas) foram transportadas em trens.
“Considerando a movimentação mensal, o aumento observado é ainda maior. No mês de julho, 20,8% da carga chegou ou saiu dos portos do Paraná em vagões”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Em volume, isso representa 1,2 milhão de toneladas, das quase 5,8 milhões movimentadas no último mês. Nos mesmos 31 dias, em 2020, 16,24% – ou seja, 831.580 toneladas, das 5,12 milhões de toneladas transportadas no mês – saíram ou chegaram a Paranaguá pela ferrovia.
Nos trilhos
Milho, soja, farelos, fertilizantes, derivados de petróleo, cargas em contêineres, trigo e açúcar são os produtos que chegaram ou saíram do Porto de Paranaguá em vagões, em 2021, de janeiro a julho. A soja e o açúcar, em maior volume.
Altas no volume movimentado pela ferrovia foram registradas em vários segmentos:
- Transporte da soja (quase 2,7 milhões de toneladas neste ano, em vagões; quase 2,6 milhões de toneladas em 2020);
- Fertilizantes (169.707 toneladas neste ano; 63.610 toneladas em 2020);
- Derivados de petróleo (neste ano foram 141.218 toneladas; em 2020 não teve volume em vagões);
- Cargas em contêineres (616.299 toneladas neste ano; sem registro desse transporte ferroviário em 2020);
- Trigo (9.527 toneladas neste ano; sem registro em 2020);
- Açúcar (1,96 milhão de toneladas neste ano; 1,51 milhão em 2020).
Rodovia
“Quando aumenta a participação do modal ferroviário, consequentemente diminui o volume de carga transportada pela rodovia, motivado, principalmente, pelo valor do frete”, acrescenta Luiz Fernando Garcia.
Neste ano, em julho, 77,48% do volume total de cargas (4,48 milhões de toneladas) chegaram ou saíram em caminhões. No mês, no ano passado, essa participação do modo rodoviário era de 82,63% (4,23 milhões de toneladas).
Considerando a movimentação dos sete primeiros meses do ano, a participação do modal rodoviário no transporte da carga é de 78,6%, equivalente a 27,41 milhões de toneladas. Em 2020, de janeiro a julho, esse total era de 83,7% – 27,86 milhões de toneladas.
Oleoduto
Do total de 34,89 milhões de toneladas movimentadas de janeiro a julho, neste ano, 2,2% chegou ou saiu do Porto de Paranaguá pelo duto. Trata-se das 758.117 toneladas de derivados de petróleo que são transportadas direto da ou para a refinaria pelo modal.
Fonte: Portos do Paraná
Logística
Estrutura do Porto de Paranaguá permitiu descarga simultânea de fertilizantes
Entre os produtos estavam ureia, nitrato de amônio e complexo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio)
Uma operação diferente chamou a atenção no Porto de Paranaguá em agosto de 2021. No berço 209, o navio Bulk Trader descarregou fertilizantes em uma operação simultânea, com dois guindastes de terra. Um dos equipamentos MHC (sigla em inglês para guindastes móveis de cais), descarregou na correia transportadora, que leva os produtos até armazéns alfandegados, enquanto o outro fez descarga direta em caminhões, que seguem para o interior ou armazéns da retaguarda.
Ao todo foram quase 34,3 mil toneladas de produtos recebidos, incluindo ureia, nitrato de amônio e complexo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio).
Para garantir maior eficiência, o porto paranaense possui regras operacionais e níveis de produtividade para cada operação. No segmento de fertilizantes, a “prancha média”, como é conhecida, varia de 6 a 9 mil toneladas por dia, por berço ou navio.
“Este índice é alcançado geralmente com apenas um guindaste de terra, mas a estrutura que permite operar com dois ou mais equipamentos ao mesmo tempo aumenta a produtividade. O tempo de descarga diminui e outros navios podem atracar e operar”, explicou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.
Segundo ele, o uso de dois MHCs de maneira simultânea se deve à infraestrutura de cais e de pátios que possibilita um grande movimento na descarga de granéis, tanto nos berços preferenciais para o produto, quanto nos alternativos.
“Além disso, os investimentos contínuos na infraestrutura marítima, para melhoria do calado, também afetam, diretamente, a produtividade”, completa.
Como funciona
No cais público do Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de fertilizante. Um deles, o 209, conta com a disponibilidade de correias transportadoras que levam o produto direto até o Terminal Público de Fertilizantes (Tefer), com capacidade para armazenar até 20 mil toneladas e interligação a outros armazéns privados.
Os navios com este tipo de carga ainda podem atracar e descarregar por qualquer outro berço do cais público que não esteja ocupado. Nesses berços alternativos também é possível trabalhar com dois ou mais equipamentos na descarga, usando guindastes de bordo dos próprios navios.
Principal porto de chegada dos adubos que desembarcam no Brasil, o Porto de Paranaguá conta ainda com um píer privado, com dois berços exclusivos e interligados por esteiras.
No Porto de Antonina são mais dois berços para o segmento, tornando o Paraná líder na importação de fertilizantes, respondendo por 33% de todo o adubo que entra no País.
Operação
A descarga do navio Bulk Trader foi da operadora portuária Rocha. Segundo o gerente de Operações da empresa, Leonardo Pontin da Rós, além do benefício de estar conectado ao cais, descarregar também pela esteira garante que parte da operação aconteça sem tráfego de caminhões.
“Isso diminui a emissão de poluentes, além de trazer vantagens de custos para os clientes. Usar dois guindastes simultâneos traz maior flexibilidade e dinamismo operacional. A gente ganha em produtividade, além de poder trabalhar com cargas diferentes, ao mesmo tempo”, afirma o gerente.
Operador portuário de referência em todo o País, a empresa tem capacidade estática para mais de 380 mil toneladas, sendo 253 mil em recintos alfandegados, distribuídos em quatro armazéns interligados ao Tefer.
Com informações da Portos do Paraná