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Logística

Produtividade na importação de adubo cresce 20%

Os portos paranaenses contam com berços com descarga direta em correias transportadoras

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Foto: Claudio Neves / Portos do Paraná

A descarga de fertilizantes é mais eficiente nos portos de Paranaguá e Antonina. A produtividade média, por dia, cresceu 20% e chegou a 42.890 toneladas de adubo descarregadas diariamente, no primeiro quadrimestre de 2021. No mesmo período de 2020 a média era de 35.481 toneladas/dia.

“A descarga de granéis sólidos se destaca pela eficiência, com uma gestão dinâmica, dando ao usuário as melhores condições operacionais”, diz o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.

Os operadores portuários do segmento, nos portos de Paranaguá e Antonina, atuam com equipamentos de alto rendimento, mão de obra eficiente e, ainda, contam com uma frota de caminhões que atendem tanto os armazéns de retaguarda como o Interior. “Assim otimizamos o frete de retorno, quando o caminhão chega com soja e volta com adubo”, afirma o diretor.

Segundo Teixeira, os portos paranaenses contam também com berços com descarga direta em correias transportadoras, que levam os produtos até os armazéns, como a exemplo da Fospar e do berço 209, do Porto de Paranaguá, que somam na eficiência de todo o sistema.
“Toda essa produtividade reflete nos custos operacionais e, consequentemente, de toda a cadeia logística da qual os portos do Paraná fazem parte”, ressalta o diretor.

Destaque

Cada vez mais os portos paranaenses se firmam como eficientes nas operações de exportação e importações, atendendo as demandas de mercado com custos altamente competitivos.
“Isso demonstra que nos preparamos para atender a demanda de exportação dos produtos agrícolas do nosso país, mas também temos estrutura suficiente para receber os mais diversos produtos, em especial os granéis sólidos”, disse Teixeira.

Foto: Claudio Neves / Portos do Paraná

Hoje, os fertilizantes representam cerca de 43% das importações dos portos de Paranaguá e Antonina. Nos primeiros quatro meses do ano, 3.221.386 toneladas dos produtos foram descarregadas pelos operadores paranaenses. O volume é 12% maior que o registrado no mesmo período, em 2020 (2.875.263 toneladas).

O Porto de Paranaguá é o primeiro do País na importação de fertilizantes, responsável por 30% de todo adubo importado para ser aplicado nas lavouras brasileiras.

Operadores

Para o diretor da Associação de Granéis Sólidos de Importação (Agrasip), Rivadavia Simão, entre os fatores que têm impacto direto nas importações estão a demanda crescente dos adubos e a capitalização dos produtores de soja, que venderam recentemente a safra do granel.

Este ano, o mercado antecipou a compra dos produtos nos primeiros meses do ano. “Muitos misturadores aproveitaram que os preços dos fertilizantes estavam subindo e anteciparam as importações para preparar as próximas safras”, diz.

Os operadores estimam que as entregas de todo o País, neste ano, alcancem 42,4 milhões de toneladas. “As importações devem ficar na casa das 36 milhões de toneladas, ou seja, 3 milhões a mais que no ano passado. Paranaguá vai captar 30% deste volume”, diz Simeão.
Segundo ele, a localização geográfica, capacidade estática, eficiência operacional e os custos logísticos permitem ao porto paranaense manter a liderança histórica na importação dos fertilizantes. “O Porto de Paranaguá oferece a possibilidade da modalidade de Entreposto Aduaneiro, que foi uma iniciativa pioneira e permitiu que volumes adicionais fossem importados”, afirma.

Indústria

O diretor-presidente do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), Aluísio Teixeira, explica que o aumento na importação do produto, no primeiro quadrimestre, se deve ao aumento do consumo do Brasil. “Os produtos comprados agora serão aplicados na safrinha de 2022”, afirma. Para este ano, até dezembro, o setor espera crescer mais 5%, diz ele.

Fonte: Portos do Paraná

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PASA – Paraná Operações Portuárias SA

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Terminal especializado na movimentação e embarque de graneis sólidos, executamos nossas atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária.

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Portos do Paraná apontam aumento na participação ferroviária

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Das 34,89 milhões de toneladas de cargas que chegaram ou saíram do Porto de Paranaguá, entre janeiro e julho de 2021, 6,72 milhões foram transportadas em vagões. O volume corresponde a 19,3% do total.

A participação do modal ferroviário no transporte dos produtos, nos sete meses deste ano, foi 29,5% maior do que o mesmo período de 2020. No ano passado, das 33,3 milhões de toneladas importadas e exportadas, 14,9% (4,97 milhões de toneladas) foram transportadas em trens.

“Considerando a movimentação mensal, o aumento observado é ainda maior. No mês de julho, 20,8% da carga chegou ou saiu dos portos do Paraná em vagões”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Em volume, isso representa 1,2 milhão de toneladas, das quase 5,8 milhões movimentadas no último mês. Nos mesmos 31 dias, em 2020, 16,24% – ou seja, 831.580 toneladas, das 5,12 milhões de toneladas transportadas no mês – saíram ou chegaram a Paranaguá pela ferrovia.

Nos trilhos

Milho, soja, farelos, fertilizantes, derivados de petróleo, cargas em contêineres, trigo e açúcar são os produtos que chegaram ou saíram do Porto de Paranaguá em vagões, em 2021, de janeiro a julho. A soja e o açúcar, em maior volume.

Altas no volume movimentado pela ferrovia foram registradas em vários segmentos:

  • Transporte da soja (quase 2,7 milhões de toneladas neste ano, em vagões; quase 2,6 milhões de toneladas em 2020);
  • Fertilizantes (169.707 toneladas neste ano; 63.610 toneladas em 2020);
  • Derivados de petróleo (neste ano foram 141.218 toneladas; em 2020 não teve volume em vagões);
  • Cargas em contêineres (616.299 toneladas neste ano; sem registro desse transporte ferroviário em 2020);
  • Trigo (9.527 toneladas neste ano; sem registro em 2020);
  • Açúcar (1,96 milhão de toneladas neste ano; 1,51 milhão em 2020).

Rodovia

“Quando aumenta a participação do modal ferroviário, consequentemente diminui o volume de carga transportada pela rodovia, motivado, principalmente, pelo valor do frete”, acrescenta Luiz Fernando Garcia.

Neste ano, em julho, 77,48% do volume total de cargas (4,48 milhões de toneladas) chegaram ou saíram em caminhões. No mês, no ano passado, essa participação do modo rodoviário era de 82,63% (4,23 milhões de toneladas).

Considerando a movimentação dos sete primeiros meses do ano, a participação do modal rodoviário no transporte da carga é de 78,6%, equivalente a 27,41 milhões de toneladas. Em 2020, de janeiro a julho, esse total era de 83,7% – 27,86 milhões de toneladas.

Foto: Rodrigo Félix Leal/SEIL

Oleoduto

Do total de 34,89 milhões de toneladas movimentadas de janeiro a julho, neste ano, 2,2% chegou ou saiu do Porto de Paranaguá pelo duto. Trata-se das 758.117 toneladas de derivados de petróleo que são transportadas direto da ou para a refinaria pelo modal.

Fonte: Portos do Paraná

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Estrutura do Porto de Paranaguá permitiu descarga simultânea de fertilizantes

Entre os produtos estavam ureia, nitrato de amônio e complexo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio)

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Uma operação diferente chamou a atenção no Porto de Paranaguá em agosto de 2021. No berço 209, o navio Bulk Trader descarregou fertilizantes em uma operação simultânea, com dois guindastes de terra. Um dos equipamentos MHC (sigla em inglês para guindastes móveis de cais), descarregou na correia transportadora, que leva os produtos até armazéns alfandegados, enquanto o outro fez descarga direta em caminhões, que seguem para o interior ou armazéns da retaguarda.

Ao todo foram quase 34,3 mil toneladas de produtos recebidos, incluindo ureia, nitrato de amônio e complexo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio).

Para garantir maior eficiência, o porto paranaense possui regras operacionais e níveis de produtividade para cada operação. No segmento de fertilizantes, a “prancha média”, como é conhecida, varia de 6 a 9 mil toneladas por dia, por berço ou navio.

“Este índice é alcançado geralmente com apenas um guindaste de terra, mas a estrutura que permite operar com dois ou mais equipamentos ao mesmo tempo aumenta a produtividade. O tempo de descarga diminui e outros navios podem atracar e operar”, explicou o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.

Segundo ele, o uso de dois MHCs de maneira simultânea se deve à infraestrutura de cais e de pátios que possibilita um grande movimento na descarga de granéis, tanto nos berços preferenciais para o produto, quanto nos alternativos.

“Além disso, os investimentos contínuos na infraestrutura marítima, para melhoria do calado, também afetam, diretamente, a produtividade”, completa.

Como funciona

No cais público do Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de fertilizante. Um deles, o 209, conta com a disponibilidade de correias transportadoras que levam o produto direto até o Terminal Público de Fertilizantes (Tefer), com capacidade para armazenar até 20 mil toneladas e interligação a outros armazéns privados.

Os navios com este tipo de carga ainda podem atracar e descarregar por qualquer outro berço do cais público que não esteja ocupado. Nesses berços alternativos também é possível trabalhar com dois ou mais equipamentos na descarga, usando guindastes de bordo dos próprios navios.

Principal porto de chegada dos adubos que desembarcam no Brasil, o Porto de Paranaguá conta ainda com um píer privado, com dois berços exclusivos e interligados por esteiras.
No Porto de Antonina são mais dois berços para o segmento, tornando o Paraná líder na importação de fertilizantes, respondendo por 33% de todo o adubo que entra no País.

Operação

A descarga do navio Bulk Trader foi da operadora portuária Rocha. Segundo o gerente de Operações da empresa, Leonardo Pontin da Rós, além do benefício de estar conectado ao cais, descarregar também pela esteira garante que parte da operação aconteça sem tráfego de caminhões.

“Isso diminui a emissão de poluentes, além de trazer vantagens de custos para os clientes. Usar dois guindastes simultâneos traz maior flexibilidade e dinamismo operacional. A gente ganha em produtividade, além de poder trabalhar com cargas diferentes, ao mesmo tempo”, afirma o gerente.

Operador portuário de referência em todo o País, a empresa tem capacidade estática para mais de 380 mil toneladas, sendo 253 mil em recintos alfandegados, distribuídos em quatro armazéns interligados ao Tefer.

Com informações da Portos do Paraná

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