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Meio Ambiente

Portos do Paraná objetivam implantar usina biodigestora

Os grãos que caem da movimentação portuária são resíduos nobres para geração de energia

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

A Portos do Paraná deu início, em setembro de 2021, ao estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental para dimensionar o desenvolvimento de uma planta de biogás visando o aproveitamento energético de resíduos orgânicos no Porto de Paranaguá. O estudo é conduzido pela Diretoria Administrativa Financeira e de Meio Ambiente da empresa pública, com profissionais da CIBiogás – Centro Internacional de Energias Renováveis. O objetivo é gerar energia, que pode ser disponibilizada na rede elétrica ou para uso como combustível veicular, entre outras aplicações.

Segundo o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, o projeto já vinha sendo debatido pela empresa pública antes mesmo de participar de um evento mundial sobre o tema. “Em 2019, participamos da reunião da Conferência das Partes, a COP 25, em Madrid, que teve foco na redução da emissão de gases do efeito estufa. A Portos do Paraná já estava com o projeto de implantação de biodigestores em andamento”, explicou Garcia.

“A participação na COP 25, como único porto convidado, serviu de sinalização para ter certeza que estávamos no caminho certo”, completou o diretor de Meio Ambiente, João Paulo Ribeiro Santana.

Segundo Santana, antes da participação no evento internacional, houve uma visita a empresa CIBiogás, que nasceu dentro da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu. A empresa presta assessoria e consultoria para montagem de biodigestores. “Esses equipamentos são uma grande estrutura, onde se coloca matéria orgânica, que é digerida por bactérias e se transforma no que se denomina biogás. Esse biogás, pode ser utilizado de diversas formas: para movimentar motores, geradores, veículos”, explica Santana.

Resíduo nobre

Depois de implantado o biodigestor, a energia elétrica gerada pode ser abatida da conta de energia do Porto (Foto: Portos do Paraná)

Daiana Gotardo, coordenadora de Engenharia no CIBiogás, explica que o projeto é inovador em portos brasileiros. “Não se tem conhecimento de porto que tenha iniciativa desse tipo. É, sem dúvida, o primeiro projeto de biogás em portos no Brasil”, salienta Daiana.

O diretor de Meio Ambiente da Portos Paraná lembra que os grãos que caem da movimentação portuária são resíduos nobres para geração de energia. “Não só grãos, mas farelo de trigo, de soja. Atendemos a lei, enviamos tudo isso para compostagem ou aterro sanitário. Do ponto de vista legal, estamos corretíssimos. Porém, queremos ir ao encontro do que vimos e expusemos na ONU, na COP 25”, diz Santana. “Diante disso, estamos dando início a um estudo de viabilidade técnica, com a CIBiogás, da implantação no Porto de Paranaguá de uma planta de biogás. Uma usina de biodigestão que gere três subprodutos: o biogás, a energia elétrica e o digestato”.

Depois de implantado o biodigestor, a energia elétrica gerada pode ser abatida da conta de energia do Porto. O biogás ajuda a movimentar motores em geral e o digestato pode ser utilizado como fertilizante no futuro, na recuperação de áreas degradadas no entorno das baias de Paranaguá e Antonina.

Áreas degradadas

O diretor de Meio Ambiente explica que o Plano de Recuperação de Áreas Degradas (PRAD) foi autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e já teve início.

“Agora, como medida compensatória, podemos recuperar áreas das baías que antigamente foram utilizadas com o manejo da pecuária e agricultura”, explica Santana.

“Um estudo feito em parceria com a Universidade Federal do Paraná, indica que se implantarmos agrofloresta nas áreas degradadas, vamos recuperar as florestas com plantas de interesse econômico, que geram soberania econômica e alimentar para os agricultores e comunidades em torno das baías”, afirma.

Para a Portos do Paraná, além da questão social, o principal benefício é a recuperação de área degradada de floresta, de aproximadamente 40.000 metros quadrados, é possível reduzir o carreamento de resíduos sólidos para dentro da baía e economizar com dragagem.

Consumo de energia elétrica

As estruturas portuárias funcionam 24 horas por dia: correias, dalas, iluminação do cais, administrativo, o que eleva os gastos com a conta de luz. A implantação do biodigestor vai trazer aos portos do Paraná uma matriz energética que diminua a utilização de combustíveis e energia de origem fóssil, como diesel e gasolina.

Daiana Gotardo, coordenadora de Engenharia no CIBiogás, explica como deve funcionar a parceria com a Portos do Paraná. “Somos uma instituição de ciência, tecnologia e inovação, atuamos em projetos relacionados à produção e aproveitamento energético do Biogás, desenvolvendo desde estudos de mercado, modelagem de negócios, projetos para implantação e operação de plantas de biogás”, explica. “Vamos trabalhar com o Porto de Paranaguá em um estudo para avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental para produção de biogás e seu aproveitamento energético, seja ele elétrico ou biometano”.

Com informações da Portos do Paraná

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Meio Ambiente

Sistema S.I.A. – mais um importante diferencial oferecido pela Cia Ambiental

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Visando otimizar os levantamentos de dados em campo, assim como agilizar o acompanhamento das ações por nossos clientes, a Cia Ambiental disponibiliza a realização dos monitoramentos, inspeções ambientais e transmissão das informações coletadas em tempo real, com a utilização de nosso software, o S.I.A. – Sistema de Inteligência Ambiental.
Durante os trabalhos de gestão ambiental de obras, monitoramentos e estudos ambientais diversos, as inspeções de campo são realizadas pela equipe da Cia Ambiental utilizando tecnologias de coleta e registro de dados.

Através de um aplicativo instalado em celulares ou tablets, os técnicos efetuam registros georreferenciados de suas constatações, incluindo fotos, a descrição, a classificação dos eventos e qualquer outra informação desejada. Os dados são enviados em tempo real a um servidor em nuvem (conexão por operadora de telefonia móvel ou wi-fi) e representados, com todas as informações, em uma navegação intuitiva sobre imagem de satélite, protegida por login com senha. Nesse ambiente podem ser aplicados filtros múltiplos por categorias de registro e por data de inclusão.

Os formulários para a coleta de dados e a modelagem de tratamento dos dados são elaborados pela equipe da Cia Ambiental e customizados de acordo com as necessidades dos clientes, considerando as suas especificidades e as características do empreendimento. Com isso, tem-se um processo flexível e em contínua evolução, próprio e adaptado a cada trabalho de gestão, garantindo eficiência na disponibilização dos dados para acompanhamento das atividades.

Os dados são, ainda, tratados por um sistema de business intelligence capaz de apresentar ao empreendedor interessado gráficos, tabelas e indicadores automaticamente construídos, subsidiando a avaliação de desempenho e a tomada de decisão com maior agilidade e segurança.

Painel de tratamento e apresentação de dados e indicadores. Os dados coletados em campo são modelados e automaticamente representados
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Infraestrutura

Porto de Paranaguá remove rochas da Pedra da Palangana

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Foto: Divulgação/Consórcio Boskalis, Fabio-Bruno, SLI e DEC

A Portos do Paraná iniciou a obra de derrocagem da Pedra da Palangana, que visa dar mais segurança para a navegação e o meio ambiente, evitando acidentes com navios, com a remoção dos pontos mais rasos do complexo de rochas subterrâneas. As rochas estão localizadas no canal principal de acesso ao Porto de Paranaguá, o Canal da Galheta, um pouco à frente do Terminal de Contêineres.

O trabalho foi realizado com o auxílio de uma draga mecânica e os pedaços removidos levados ao canteiro da obra para a britagem. Com a retirada de apenas 22,3 mil metros cúbicos, cerca de 12% do total da pedra, o risco de encalhe de navios e desastres ambientais será minimizado. Ao final do processo, as pedras serão doadas a municípios do litoral paranaense.
Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, a obra segue todos os protocolos de segurança, de forma controlada e responsável, com todos os cuidados para o meio ambiente, para a população que vive nas proximidades e para o porto.

As rochas limitam a profundidade na entrada da baía. Com a remoção, junto aos investimentos em dragagem permanente, o Porto de Paranaguá espera ganhos operacionais efetivos como a possibilidade de receber navios maiores, impactando na movimentação portuária.

Monitoramento ambiental

Antes da instalação, foram adotadas medidas de mitigação dos impactos sobre a fauna, que incluem o mergulho de especialistas para verificar se existem peixes ou outros animais marinhos. Nessa fase, também são utilizados dispositivos acústicos (pingers) para repelir golfinhos e botos do local.

Foram adotadas medidas de mitigação dos impactos sobre a fauna. (Foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná)

A Portos do Paraná contratou uma Unidade Móvel de Estabilização de Fauna para prestar primeiros socorros aos animais que, eventualmente, venham a ser afetados durante a obra de remoção de rochas da Pedra da Palangana, no canal de acesso ao Porto de Paranaguá.
Foram montadas seis tendas para atendimento inicial, com tanques e piscinas com circulação de água. O local possui capacidade para atender diferentes espécies: peixes, quelônios (tartarugas), aves e espécies maiores, como cetáceos (botos). A captura de água do estuário é feita via bomba submersa com capacidade de 30 mil litros/hora, para estabilização dos animais aquáticos.

“A Unidade Móvel cumpre as orientações e tudo que foi requisitado pelo órgão ambiental licenciador para, no que tange à Portos do Paraná, trabalhar de forma preventiva”, explicou o diretor de Meio Ambiente da empresa pública, João Paulo Ribeiro Santana. “O local tem objetivo de prestar um primeiro atendimento se, porventura, aparecerem animais debilitados durante as detonações”, completou.

A estratégia do trabalho de proteção à fauna foi elaborada levando em consideração os protocolos de atendimento necessários aos animais em situação de risco durante operações de derrocagem, assim como a logística de campo e aspectos de sensibilidade ambiental da região.

O gerente de Meio Ambiente da Portos do Paraná, Thales Schwanka Trevisan, destaca que a estrutura móvel é um complemento a outros 19 monitoramentos ambientais e medidas de mitigação e controle específicos para a obra.

Rochas estão localizadas no canal principal de acesso ao Porto de Paranaguá, o Canal da Galheta, um pouco à frente do Terminal de Contêineres (Foto: Rodrigo Félix Leal/SEIL)

“A medida reforça o compromisso que a Portos do Paraná tem de executar suas ações com o máximo respeito e compromisso com o meio ambiente”, afirma. As atividades de monitoramentos ambientais seguem, sem interrupção, durante todo o período.
Os protocolos de atendimento de cetáceos e quelônios e da ictiofauna estão de acordo com metodologias utilizadas em projetos de monitoramento similares e em conformidade com as orientações do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

Com informações da Portos do Paraná

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